
E aí chegamos ao fim do ano. O início de uma nova década. Mais um ciclo que se finalizou e, mais uma vez, aquele sentimento de introspecção e reflexão ganha espaço em nossa mente. É hora de pensar o futuro, respeitando o passado e entendendo o presente.

Época de Ensino Básico. Não tinha 5 anos, mas as predileções e vontades já manifestavam-se. Lembro-me que, quando havia “Dia da Brincadeira” — aquele momento que a criança leva algo que para ser utilizado no intervalo da aula na escola — , eu era aquele que vinha com o “Almanaque da Turma da Mônica” para ler. (Aliás, as publicações de Maurício de Souza fizeram parte da minha alfabetização. Até os dias de hoje, se você for ao toalete de casa, irá encontrar vários exemplares antigos dos gibis do pessoal do Bairro do Limoeiro. Não preciso nem dizer o quanto foi incrível ver o filme “Turma da Mônica — Laços” esse ano).
Muito disso deve-se ao fato de nunca ter faltado incentivo: se por um lado a leitura ocorria através de presentes de aniversários, Natais e outros encontros familiares, a apreciação à cultura também esteve presente, através de exposições em museus, peças de teatro e atividades ao ar livre. Por isso (e por tantas outras coisas), só tenho a agradecer às minhas origens maternas. As origens paternas, por sua vez, foram responsáveis por me ensinar como é possível levar uma vida sem tanta preocupação. Que, apesar de tudo, uma risada é sempre bem vinda. E, principalmente, que
Tudo acontece da melhor maneira possível, mas você deve fazer por onde.
Mais recentemente, nesses tempos de faculdade, descobri uma nova faceta, não tão explorada até o momento: a música. Fui contra-regra de um grupo de teatro musical (a trilha sonora de “Hello, Dolly!” não sai da minha mente até hoje!), estou aprendendo flauta doce (e em vias de começar ukulele!), e atualmente faço estágio com os Grupos Musicais da ESALQ. Um novo mundo — muito mais complexo e divertido que imaginava — foi apresentado à mim, e como é bom poder vivenciar coisas novas.
Quando tiver mais idade, quero olhar para o passado e ter a certeza que tive responsabilidade em deixar esse mundo melhor do que encontrei (devemos ser otimistas, né?). E como já dizia uma amiga muita querida, a Agatha Martins, “a vida é sobre as pessoas e o que a gente cria com elas”. Sem elas, corre-se o perigo de tudo virar uma aventura do ego, e talvez nossa vida possa se tornar um grande vazio no tempo e no espaço. Como diria Michael (interpretado por Ted Danson), o demônio-arquiteto da série “The Good Place”:

O que importa não é se as pessoas são boas ou ruins. O que importa é se hoje elas estão tentando ser melhores do que foram ontem.
Respondendo à pergunta do título: faço da escrita a maneira de me expressar no mundo. Se durante a década passada (!) conheci muitas coisas e passei por tantas outras experiências, agora quero que isso torne-se acessível. Nesse momento, é escrevendo. Pode ser que no futuro a criação de conteúdo aconteça em alguma outra plataforma. Mas o futuro ainda não está escrito. Simon Sinek, em seu livro “Comece Pelo Porque”, nos diz que, a grosso modo, a motivação com que a gente faz as coisas pode ser mais importante do que o próprio conteúdo em si. Austin Kleon, no seu “Roube Como Um Artista”, conta que um bom repertório é algo necessário a todos. Que esse espaço seja repertório para quem se interessar.
Tenho algumas ideias em mente, é verdade. Alimentação, comunicação, consumo, política, tecnologia, entre outros assuntos. Mas não vou ficar preso à elas. Se você tem alguma sugestão, pode comentar aqui mesmo. Ou mandar um e-mail para info@iamdiogo.com. Ou enviar um direct na minha conta no Instagram. Ou uma mensagem no meu Facebook. Você é livre pra decidir. Novos desafios são sempre bem-vindos! :)
O ano de 2020 tem tudo para ser incrível. Vamos juntos?

Este artigo foi originalmente publicado no dia 06 de janeiro de 2020, em um contexto pré-pandemia de Coronavírus.
Muito bom